Como o Brasil pode se preparar aos possíveis impactos do surto de Covid-19 na China

Preparação para uma nova onda da doença requer a mobilização de campanhas de vacinação e reforços do sistema de saúde para o atendimento da população

Preparação para uma nova onda da doença requer a mobilização de campanhas de vacinação e reforços do sistema de saúde para o atendimento da população 

A China enfrenta um número crescente de casos de Covid-19 após o encerramento da rígida política sanitária contra a doença no dia 7 de dezembro. 

A Comissão Nacional de Saúde do país, responsável pela divulgação diária de casos e de mortes, deixou de divulgar os indicadores no dia 24 de dezembro. 

O surto de infecções pelo coronavírus no país asiático de 1,4 bilhão de habitantes acende o alerta das autoridades sanitárias dos países para a possibilidade de novas ondas da doença. 

O aumento da circulação do vírus favorece o surgimento de novas variantes, que podem conter mutações com capacidade de afetar as propriedades do vírus, como o aumento da capacidade de transmissão ou da gravidade da doença, além de impactos para a eficácia das vacinas, medicamentos e métodos de diagnóstico.

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Como o Brasil pode se preparar

A ampliação da cobertura vacinal contra a Covid-19, incluindo a aplicação de doses de reforço, é um dos principais métodos para reduzir os riscos de surtos da doença no Brasil.

De acordo com o Ministério da Saúde, mais de 79% da população completou o esquema vacinal primário com as duas doses ou doses únicas. Até o atual momento, mais de 497 milhões de doses já foram aplicadas na população – veja o esquema vacinal abaixo. 

“É muito importante que a gente se prepare para essa situação, exatamente por que a gente não fez o que tinha que fazer. A nossa população vulnerável de crianças não foi vacinada no país. Crianças a partir de 6 meses de idade têm uma taxa absolutamente vergonhosa de vacinação por uma incompetência absoluta de campanhas de vacinação”, afirma a médica infectologista Luana Araújo à CNN. 

A especialista afirma que o novo governo federal deve assumir com a expectativa de se preparar para uma situação de emergência de saúde sanitária. 

“Temos idosos com muito tempo da última dose e a gente sabe que esse período longo, acima de seis meses, pode levar a uma vulnerabilidade maior de uma população que já é fragilizada. Temos uma população muito grande ainda de adultos jovens que não têm um reforço que é o básico da vacinação da Covid hoje”, alerta a médica. 

De acordo com a infectologista, a preparação para uma nova onda da doença requer a mobilização de campanhas de vacinação e reforços do sistema de saúde para o atendimento da população. 

“Precisamos mobilizar de novo nossos recursos, fortalecer o PNI [Programa Nacional de Imunizações] e ter uma noção muito clara de quantas vacinas temos no país, coisa que a gente não tem, a validade dessas vacinas e onde elas estão. Precisamos conectar o governo federal com estados e municípios para que voltemos a agir como um país unificado”, afirma.

Esquema vacinal 

O Ministério da Saúde orienta que a primeira dose de reforço, recomendada para pessoas a partir de 12 anos de idade, deve ser aplicada quatro meses depois da segunda dose ou dose única. A segunda dose de reforço, no momento, é recomendada pela pasta para a população acima de 40 anos de idade e trabalhadores da saúde, independentemente da idade. 

Os imunizantes recomendados para as doses de reforço em pessoas a partir de 18 anos de idade são da Pfizer, AstraZeneca ou Janssen. Para os adolescentes entre 12 e 17 anos, deve ser utilizada preferencialmente a vacina Pfizer. Caso não esteja disponível, pode ser utilizada a vacina Coronavac. 

Para quem começou o esquema vacinal com a dose única da Janssen, a recomendação é a seguinte: três reforços para pessoas com idade igual ou maior que 40 anos e profissionais da saúde, e dois reforços para pessoas de 18 a 39 anos. O primeiro reforço é aplicado dois meses após o início do ciclo e os outros devem obedecer o intervalo de quatro meses. A orientação é que também sejam utilizadas as vacinas AstraZeneca, Pfizer ou a própria Janssen. 

De acordo com o ministério, as recomendações foram feitas a partir de estudos que demonstram que a capacidade de gerar resposta imune, chamada imunogenicidade, após aplicação de doses de reforço heterólogas, com combinação diferente de vacinas contra a Covid-19, foi adequada e superior a esquemas sem doses de reforço.

Fonte:

BLOG. FRANCISCO FIGUEIREDO

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