Chuva dá trégua, mas cidade de SC segue com casas submersas em enchente

Foto: Divulgação 

Mais de 30% das edificações de Taió foram atingidas. Prefeitura classifica enchente como a maior da história do município.

A chuva deu uma trégua nesta sexta-feira (13) em Santa Catarina, mas Taió, no Vale do Itajaí, continua com casas submersas. A prefeitura classifica o desastre como a maior enchente da história do município.

Desde 3 de outubro, Santa Catarina registra estragos por causa das fortes chuvas. Duas pessoas morreram e um bebê ficou ferido. Dos 295 municípios catarinense, 144 tiveram algum dano. Destes, 113 decretaram situação de emergência.

Segundo a Prefeitura de Taió, 34% das edificações da cidade foram atingidas pela enchente. Essa porcentagem equivale a 2.556 imóveis, sendo 1.377 residências. No Centro de Taió a água baixa lentamente. Setenta por cento da região está há mais de uma semana debaixo da água.

No total, 3.612 pessoas foram atingidas. A população do município é de 18.318 habitantes, conforme o Censo 2022.

"Acredito que nenhuma cidade vai estar preparada para um volume desse de água. Sou bombeiro comunitário há 15 anos, já passamos por diversas enchentes, mas esta enchente realmente ultrapassou as nossas expectativas", disse o coordenador da Defesa Civil de Taió, Jonatan Retke.

Aproximadamente 140 famílias estão em um abrigo da prefeitura.

O nível do rio Itajaí do Oeste, que fica, em média, com 5 metros passou dos 12 metros. Mesmo baixando nesta sexta, os barcos são a única alternativa para levar produtos aos bairros que estão isolados. Essas embarcações chegam e saem a todo o momento. Itens básicos vão sendo distribuídos.

Previsão do tempo

O sábado (14) traz uma boa notícia, com previsão de tempo firme e sol entre nuvens na maior parte do estado. A região Norte é a única em que há indicativo de chuva, de fraca intensidade.

Apesar da melhora no tempo, o governo do estado alerta que o risco continua alto para deslizamentos e inundações.

Autoridades usam barco para levar mantimentos a famílias isoladas pela enchente em Taió — Foto: Juan Todescatt/NSC TV