Novos títulos de adolescentes caíram 82% entre 2012 e 2022

Minas Gerais está entre os três Estados com maior queda do interesse pelo direito de votar
O número de jovens em busca do título de eleitor neste ano está abaixo do registrado nos últimos períodos eleitorais. 

Entre as eleições municipais de 2012 e as gerais de 2022, o número de adolescentes de 16 e 17 anos que se alistaram para obter o documento caiu 82%. Há dez anos, o número de pessoas nessa faixa etária aptas a votar era de cerca de 2,6 milhões, enquanto até 21 de março deste ano foram apenas 466 mil. Os dados são do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). 

Minas Gerais está entre os Estados com a maior queda do interesse dos jovens pelo direito de votar, com 78% de redução, ao lado de São Paulo e atrás do Rio de Janeiro (84%). 

Estes são os Estados com o maior eleitorado do país. Bahia foi o Estado com maior queda (88%), passando de 231.969 pedidos de primeiro título de adolescentes de 16 e 17 anos, em 2012, para 25.991, em 2022.
Se considerados os jovens entre 15 e 18 anos, o número de pedidos de título até o fim de março foi de 856 mil em todo o país. 

Esse número corresponde a quase dois terços do total de jovens que se alistaram para votar nas eleições municipais de 2020. 

Essa marca foi alcançada após uma intensa campanha envolvendo o TSE e os Tribunais Regionais Eleitorais para incentivar os jovens a votar. A iniciativa mobilizou inclusive artistas nacionais, como Anitta e Zeca Pagodinho e o ator norte-americano Mark Ruffalo, que interpretou o personagem Hulk no cinema. 

O voto dos jovens ganha importância especial em eleições gerais como a deste ano. Emerson Matos, chefe de cartório da 316ª Zona Eleitoral, de Betim, explica que, nesse tipo de pleito, os candidatos são eleitos por uma diferença apertada. “O voto deles faz a diferença. Lembrando que essas eleições não são apenas presidenciais. 

Elas vão eleger deputados e senadores, e a diferença de votos entre um e outro candidato não é muito grande”, diz o chefe de cartório. Além do peso nas urnas, a participação dos jovens no processo de escolha dos representantes estimula a criação de leis voltadas aos anseios da juventude. “E os jovens têm demandas próprias, pautas próprias e projetos de lei que os impactam diretamente. Para quê um político faria um projeto de lei voltado para os jovens se os jovens não estão tirando o título?”, alerta Emerson. 

 Recém-alistados cobram melhoria da educação oria da educação 

A educação está no topo das áreas citadas pelos jovens ouvidos pela reportagem quando o assunto é mudança. “Eu me sinto muito realizado em estar podendo votar neste ano e em poder contribuir para a sociedade. 

A educação é o que precisa ser mudado com mais urgência. Vemos isso com a greve dos professores e a falta de materiais nas escolas”, diz o estudante Rafael Marques dos Santos, 18, que foi à Central de Atendimento ao Eleitor do bairro Lourdes, em Belo Horizonte.

Já Daniel Henrique Silva, 18, entende que a mudança deve ser geral. “É difícil escolher, não tenho nenhum candidato nem para presidente, nem para governador. Agora é analisar quem é o mais decente. A gente não pode focar só o presidente, mas também os deputados. O governo federal tem que mudar como um todo, além do STF”, diz.

Justiça Eleitoral reforça campanha na internet 

Emerson Matos, chefe de cartório da 316ª Zona Eleitoral, atribui a queda dos números à falta de credibilidade da política diante dos jovens. “O jovem está muito descrente com a política, mas essa nova geração vem engajada politicamente.

O jovem hoje em dia gosta de estar incluído. Ele não vai querer ficar fora das decisões do país”. O Tribunal Regional de Minas Gerais (TRE-MG) tem atuado em diversas frentes para estimular os jovens a buscar o título de eleitor. 

Ações estão sendo implementadas em escolas das redes pública e privada, além de uma intensa campanha nas redes sociais para atingir em cheio os mais novos.

Essas iniciativas fazem parte de um esforço do TSE que ganhou destaque nas últimas semanas, no sentido de aumentar o número de jovens aptos a votar. O tuitaço organizado pelo perfil no Twitter do TSE no dia 16 de março contou com a adesão de milhares de usuárias e usuários das redes sociais e atingiu mais de 88 milhões de pessoas num único dia.

Voto facultativo x obrigatório O que diz a lei

O voto é facultativo para maiores de 16 e menores de 18 anos, maiores de 70 anos e analfabetos. 

Restrições 

Para aqueles que o voto é obrigatório, é importante estar em dia com a Justiça Eleitoral para evitar consequências como a restrição para obter passaporte; proibição para se inscrever em concurso público e se matricular em instituições de ensino oficiais; e obter empréstimo em caixas econômicas federais. 

Fonte: O Tempo.

BLOG. FRANCISCO FIGUEIREDO

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